A Painting...
O rio agita-se em pequenas ondas como um mar frenético. Pequenas gaivotas juntam-se no meio permanecendo manchas brancas, imóveis perante a corrente como que ancoradas no fundo. Um sobe e desce contínuo mantém-las no seu lugar.
A chuva deita-se mansinho e só um vento esporádico a fustiga atirando-a veloz pelo ar.
A erva de um verde lânguido afasta-se de quando em vez, descobrindo pequenas poças de água, fazendo o chão parecer uma manta em renda.
Numa das margens, um casal com 2 filhos escondem-se debaixo dos seus chapéus de chuva empregando passadas apressadas. As crianças saltam sobre as poças... ou talvez para as poças... sobre o olhar de indiferença fingida dos pais. Um pequeno barco atracado cambaleia nauseado, ameaçando desprender-se e deixar-se ir com a correnteza.
Na outra margem, a cidade parece adormecida sobre este manto de cinza húmido e só o fumo que espreita das chaminés parece indiciar sinal de vida... tudo imóvel e esquecido.... o cheiro... o calor... o cheiro à lenha que alimenta as chamas percorre o ar... pinho, eucalipto, oliveira, cedro talvez...
E na janela onde emerge este quadro, ondas de calor da lareira no canto desenham uma cortina branca... o silêncio de casa desfruta a agradável mistura de frio, quente e paisagem...
A chuva deita-se mansinho e só um vento esporádico a fustiga atirando-a veloz pelo ar.
A erva de um verde lânguido afasta-se de quando em vez, descobrindo pequenas poças de água, fazendo o chão parecer uma manta em renda.
Numa das margens, um casal com 2 filhos escondem-se debaixo dos seus chapéus de chuva empregando passadas apressadas. As crianças saltam sobre as poças... ou talvez para as poças... sobre o olhar de indiferença fingida dos pais. Um pequeno barco atracado cambaleia nauseado, ameaçando desprender-se e deixar-se ir com a correnteza.
Na outra margem, a cidade parece adormecida sobre este manto de cinza húmido e só o fumo que espreita das chaminés parece indiciar sinal de vida... tudo imóvel e esquecido.... o cheiro... o calor... o cheiro à lenha que alimenta as chamas percorre o ar... pinho, eucalipto, oliveira, cedro talvez...
E na janela onde emerge este quadro, ondas de calor da lareira no canto desenham uma cortina branca... o silêncio de casa desfruta a agradável mistura de frio, quente e paisagem...
3 Comments:
A paz das tuas palavras, mostra vários cenários possiveis. Mas onde queres realmente estar? ...
Adorei o texto. Se quere que te diga, apeteceu-me ir correr para as poças e ir para o quente da lareira depois enroscar....
Fantástico. Parabéns...
Caro A_Dreamer,
Que 2009 seja um ano cheio de conquistas!
Abraço
Há dias em que apetece ficar assim, recolhido, a ver o mundo através de uma vidraça... e há outros dias em que temos de nos atrever a ficar do lado de fora e, se for preciso, a meter o pé na poça.
Feliz 2009!
Post a Comment
<< Home