Saturday, October 28, 2006

Descartável...

Axo que de repente me tornaram assim... descartável... "usar e deitar fora"...
(...pode ser que eu tb seja reciclável e isso me torne melhor...)

Friday, October 20, 2006

Ventos de mudança...

...e de repente tudo pára... o tempo comprime-se... adensa-se em meu redor. O ar torna-se húmido... carregado de um semblante perturbado. O horizonte esbate as suas linhas... fica estático numa incerteza espectante. O silêncio ecoa arrepiantemente opressivo e só o silvo de uma brisa quente o perturba...
... Ventos de mudança anunciam-se...

Sunday, October 15, 2006

... just a thought...

... fiquei entre a espada e a parede... abri os olhos e... dei um passo em frente...
... viver em medo não é opção...

Tuesday, October 10, 2006

...cansado...

O cansaço apodera-se de mim... silenciosamente espalha-se como um cancro que me consome a alma com deleite...
O vazio invade-me... ocupando todos os cantos do meu Ser não deixando espaço a mais nada...
O silêncio grita alucinações torturantes, delírios enraivecidos em dor transformados...
As areias do tempo esvaem-se cruelmente por entre os dedos, anacronizam o presente, tornam inúteis a contagem dos dias...
A solidão distorce a realidade, mistura a ilusão, a verdade não se distingue da mentira, o errado absorve o certo... nada é o que parece e o que parece nem sempre o é...
A saudade troça mordazmente dos sentimentos... torna as recordações numa bruma assombrosa que atormenta a noite numa treva densa e pantanosa e obscurece o dia numa cinza gélida, asfixiante...
A dor já não se sente pois tornou-se una com o corpo em derrelicção deixado...
A vida perde o seu sentido original... não existe futuro...não existe presente...o futuro é o hoje, o presente o agora... mas o passado espera sempre mais adiante...
(...preciso de férias de mim...)

Friday, October 06, 2006

MCMLXXX-X-VI

Hoje...um ciclo que termina... uma ciclo que começa... olho para trás... tenho que o fazer, porque para a frente já nada vejo...
... tanto tempo perdido, projectos inacabados, desejos por cumprir... alguns erros cometidos, algumas penas a pagar...
... sonhos desmoronados como castelos de areia construídos no rebentamento das ondas... batalhas ganhas, guerras perdidas... momentos felizes que se foram fragmentando como um velho muro abanado pelo tempo...
... tempo de vida que passou, que não é mais do que apenas tempo de existência, pois a vida que encerrou em si foi efémera...
... as alegrias ficam presentes, guardadas naquele canto recôndito a que se chama recordação... o balanço é inevitável e é nesta altura que agradeço ao Deuses só me terem dado uma vida... só me terem concedido uma e uma só sucessão de passado, presente e futuro para desperdiçar... cometer os erros apenas uma vez...
Hoje... termina aqui o ciclo... começa aqui o outro... mas não vou desejar... não vou sonhar... não vou querer... vou-me deixar apenas ir errante na corrente, embalado pela brisa do vento... "o que meu à minha mão virá parar..."

Wednesday, October 04, 2006

...happiness...

..."dinheiro, carreira, negócios... passamos a vida a correr atras dessas coisas sem nunca nos perguntarmos: 'Será isto que realmento quero?'"...
... estas foram as palavras de um doente em fase final da vida, ao tentar ensinar um amigo a viver... foi um filme, mas não deixa de ser uma constatação provocante... “será isto que realmente quero?”... será isto que me faz feliz?... perguntas pertinentes que provavelmente nos colocamos poucas vezes ao longo da vida... talvez porque e preciso coragem para o fazer - as respostas podem ser dolorosas... podemos ver que desperdiça-mos tempo precioso a percorrer caminhos para a Felicidade em sentido contrário... talvez porque só consigamos questionar o verdadeiro sentido da vida, da nossa vida, quando a sua finitude se torna concreta e indubitável... quando tudo aquilo porque desperdiçámos o nosso tempo se torna inútil e obsoleto e apenas as pequenas coisas da vida adquirem significado real... talvez porque nos enredamos nos caprichos da juventude e nos tornamos prisioneiros da ilusão a que chamamos «a vida própria» da qual nunca nos deixamos afastar, como que para a observar de fora... talvez porque só consigamos compreender o verdadeiro valor das coisas, quando o tempo escasseia e percebemos que ñ podemos obter tudo o que queremos, restando-nos apenas ficar com o que realmente importa...
... dinheiro, carreira negócios... sim poderão contribuir para a Felicidade... mas quanto tempo duram? Durante quanto tempo nos conseguem manter felizes? Será que somos capazes de reconhecer a Felicidade? Será que somos aguerridos o suficiente para lutarmos por ela? Teremos a coragem necessária para olhar para trás e assumir que puderemos ter andando um longo percurso no caminho errado? E Seremos capazes de o mudar, de mudarmos a nós próprios?... tantas questões para uma coisa tão simples...VIDA...