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Uma tristeza persegue-me, alcança-me, invade-me de uma solidão sem nome, esta náusea para a vida
Não estou só, sei que não estou só, mas por vezes não me sinto mais companhia do que a mera presença daqueles que me rodeiam... estão lá... caminham comigo... mas nem sempre caminho com eles....
Algo me incompleta, algo me constringe, algo em detém nas minhas passadas por vezes cambaleantes nesta vida de constantes quedas... algo...
Quero sair... libertar-me de mim próprio... partir... procurar... encontrar... viver... gritar... mas os grilhões que eu mesmo encerrei, pendem-me nos braços, carregam-me como se do peso do Tempo se tratasse... e os pulmões já não envergam a vitalidade de outrora.... E permaneço neste sufoco onde a esperança se dilacera na dureza da realidade e se esfumaça sangrando... onde nem ecos de desgraça se auspiciam... onde tudo se silencia e aquieta e onde a minha existência se converte a uma sombra pairante, suspensa na sua própria rotina...